A DESILUSÃO DO HOMEM DO CAMPO: UM RETRATO DA NEGLIGÊNCIA EM GUAMARÉ

A DESILUSÃO DO HOMEM DO CAMPO: UM RETRATO DA NEGLIGÊNCIA EM GUAMARÉ

O primeiro mês do governo do prefeito Hélio Willamy já se foi, mas os problemas do município de Guamaré permanecem enraizados. Em uma clara demonstração de desamparo e descaso, a prefeitura não tem oferecido ao homem do campo o serviço essencial de corte de terra e preparação do solo para o plantio, tampouco as sementes de milho e feijão. As famílias agricultoras do município encontram-se indignadas com o tratamento desumano que têm recebido.

É surreal pensar que, mesmo diante dessa situação, o mesmo velho novo secretário, Enok, do governo do ex-prefeito Arthur Teixeira, continua à frente da secretaria. A velha nova gestão parece condenar os agricultores a um ciclo interminável de ineficácia e abandono.

Atualmente, cerca de 350 agricultores estão à deriva nas comunidades e assentamentos do município, esperando por um milagre que parece cada vez mais distante. Apesar dos inúmeros apelos feitos diretamente à secretaria, o clamor daqueles que dependem da agricultura para sobreviver tem sido ignorado, restando-lhes apenas apelar para a intervenção divina.

A situação é agravada pela inércia do poder público em relação à Casa de Polpas, localizada no Assentamento Santa Paz. Desde sua inauguração, a estrutura nunca funcionou e agora se encontra em estado de deterioração, caindo aos pedaços devido à falta de compromisso e cuidado.

Segundo o vereador de oposição Edinor Albuquerque (Podemos), a secretaria de Agricultura possui apenas um único trator disponível, e mesmo assim, os agricultores são obrigados a arcar com as despesas de óleo diesel se quiserem utilizá-lo. Esta informação levanta sérios questionamentos sobre a gestão do orçamento destinado à secretaria, evidenciando uma administração que falha em cumprir seu papel de servir e beneficiar a população.

Em uma postagem nas redes sociais, o vereador Edinor expressou sua indignação: “Guamaré a cada dia se supera mais, agora o corte de terra se resume a um único trator (o vermelho), mas o beneficiário tem que bancar o óleo diesel. Estamos de olho, tem orçamento e vamos cobrar publicamente e judicialmente, só aguardar pra vê.”

A desilusão dos agricultores de Guamaré é um reflexo de uma administração pública que parece mais preocupada em manter-se em seu próprio “paraíso” orçamentário do que em atender às necessidades urgentes de seus cidadãos. Enquanto isso, os verdadeiros heróis da terra, aqueles que diariamente lutam para garantir o sustento das suas famílias, continuam à mercê de uma gestão negligente e descompromissada.

Guamaré precisa urgentemente de uma mudança de paradigma, onde o poder público reconheça e atenda às necessidades reais da população. Somente assim será possível transformar a indignação em esperança e construir um futuro mais justo e próspero para todos.

Comments are closed.