Acusado de matar Alcilene Brito “Fia” pega 13 anos e seis meses de prisão em regime fechado.
O agricultor Cleiton Salustiano de Souza “PEREIRA” foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão em regime fechado, nesta terça-feira (09), no Tribunal do Júri do Fórum Dr. Belarmino Paredes Vieira Barbosa, em Macau, pelo assassinato de Alcilene Brito Costa “Fia”, em dezembro de 2011. O acusado é réu confesso.
Vinte e cinco jurados foram sorteados na semana passada para comparecer ao Fórum. Sete deles foram sorteados para constituir o Conselho de Sentença. Policiais militares fizeram a segurança do local.
Cleiton responde por homicídio duplamente qualificado, que é o assassinato por motivo fútil e sem chance de defesa. Contudo, durante o Tribunal do Júri não foi provado o motivo fútil e ele foi condenado apenas por homicídio qualificado. Para a família que esperávamos uma pena mais alta, fica a sensação de injustiça, mas a pena foi afixada de acordo com o que prevê a lei.
A pena poderia ter sido maior se na inicial tivesse incluído na acusação outros fatos ocorridos, como por exemplo, a Lei Maria da Penha. O acusado entrou numa luta corporal com a vítima até ela ser degolada por Cleiton.
ATUAÇÃO DO PROMOTOR DE JUSTIÇA
Considerado um dos melhores promotores da Justiça do RN, Dr. Eugênio de Carvalho Ribeiro, voltou a surpreender um júri, durante o dia desta terça-feira (09). Após longos debates entre defesa e acusação, Eugênio Carvalho pediu que os jurados presentes na sessão fizessem justiça contra o réu, por ele ter matado friamente Alcilene Brito de Costa.
Após a defesa apresentar sua tese aos jurados, em procedimento conhecido como réplica, onde acusação e defesa têm 2h30 para explanar seus argumentos aos jurados. Ao escutar o pedido do promotor, o advogado de defesa de Cleiton Salustiano levou as mãos no rosto, num sinal claro de cansaço, já que o julgamento já durava mais de 9h. “O público presente ao Tribunal do Júri assistiu o promotor dando uma aula de direito”.
Advogados de acusação Edinor Albuquerque e Juliana Perez teve atuação brilhante.
O agricultor Cleiton Salustiano, foi condenado pelo Conselho de Sentença, das acusações de homicídio em processo datado de 2011.
Os advogados de acusação Edinor Albuquerque e Juliana Perez, foram incisivos nas perguntas feitas as testemunhas e ao acusado, com brilhantes argumentos no discurso, o público percebeu que a acusação estava segura nas argumentações, que Cleiton deveria sem duvida nenhuma, pagar pelo o crime cometido contra uma jovem cheia de sonhos interrompidos por ele.
Clique aqui e entenda o caso:
http://guamareemdias.blogspot.com.br/2011/12/guamare-chora-morte-cruel-de-alcilene.html
Para alguns amigos de Fia e da família presente ao Juri. O motivo do crime teria sido passional, já que o agricultor era apaixonado por Alcilene.
Na época essa seria a única hipótese para o que aconteceu.
Para João Batista que também assistiu os debates no Juri ele disse “Eu acho que era um amor Platônico que ele tinha por ela e como não era correspondido resolveu se vingar dessa forma monstruosa que abalou a cidade de Guamaré e região salineira inteira”.
Após a decisão da Juíza condenando o acusado Cleiton Salustiano de Souza, a cumprir a pena de 13 anos e 6 meses em regime fechado. A mãe de Alcilene “Fia”, se deu por satisfeita, já que ela não podia ter sua filha de volta.