ARTHUR TENTOU, MAS NÃO CONSEGUIU VENCER A VAIDADE DE HÉLIO

ARTHUR TENTOU, MAS NÃO CONSEGUIU VENCER A VAIDADE DE HÉLIO

Guamaré esperou de um jovem arquiteto a criatividade, o planejamento e a execução de ambientes que pudessem dar o tom de uma administração pública inovadora, colocando em prática sonhos e projetos que permitissem diminuir a desigualdade social e a angustia de uma população sofrida.

Ao contrário, seguindo os passos do seu pai Auricélio Teixeira, o Prefeito Arthur jogou a toalha, abandonou o barco, fechou a cortina para atender os caprichos do seu tio Hélio Willamy.

Em um vídeo carreado de projeções que não se confirmam, de obras que não foram realizadas e ações não planejadas ou executadas, Arthur disse que estava na política para cumprir uma missão. E acreditem, falou que nunca se fez em tão pouco tempo, que em 2 anos e 7 meses de sua gestão Guamaré saltou exponencialmente na educação com a reforma de várias escolas, inclusive em tempo integral.

Disse ainda, que realizou obras que ninguém teve coragem de fazer e que vão impactar o futuro da cidade, como: a RN João Pedro Filho, as estradas de Lagoa Seca e do Minhoto. Que no seu período o turismo foi levado para fora do país, dentre outras informações somente conhecidas a partir do seu discurso público.

Quem vive em Guamaré sabe que isso tudo não é verdade, a realidade é outra e bem diferente. São escolas com energia cortada, falta de merenda escolar, ônibus recolhidos por falta de pagamento e sem as condições mínimas de transportar alunos com necessidades especiais.

Na infraestrutura a RN João Pedro Filho está com obras atrasadas, a semelhança do que é o Minhoto e Lagoa Seca, dentre inúmeros registros de serviços que estão paralisados e precarizados.

Esqueceu, porém, de referenciar que parte das obras citadas são frutos do primeiro empréstimo do município em anos de sua existência, contraído junto à Caixa Econômica no valor de 52 milhões para realizar aquilo que seus antecedentes não tiveram coragem de executar em quase 20 anos de poder.

Em Guamaré, todos são conhecedores que recurso não é o problema. A real carência do município é uma gestão comprometida com a cidade e, principalmente com as pessoas, que seja mais povo e menos família, sua família.

Eu sei que o Prefeito Arthur sofreu inúmeras pressões, que em algum momento pode ter soado como injustiça. Porém, fez sua escolha, não é vítima, especialmente quando esqueceu de governar para o povo de Guamaré. Seu governo perdeu o tom, matou a expectativa para atender os caprichos dos seus familiares, tudo por poder, dinheiro, vaidade e ganância.

Quem caminha ou caminhou com Hélio sabe que coerência, equilíbrio e respeito nunca foram suas qualidades, que seu interesse pessoal é maior que o futuro do povo, sendo essa de fato sua força motriz.

É uma política familiar: “eu não posso, mas eu vou. Agora eu posso de novo, não, não eu não posso! Colocarei meu irmão na presidência da Câmara que assume 1 ano e eu volto na eleição suplementar. Não posso, vou colocar meu sobrinho”. E assim, o poder vai transferindo de pai pra filho, de irmão para irmão, sem fugir das mãos, do seu domínio, mesmo que custe o destino do seu povo.

Arthur não foi convidado a ficar, mas obrigado a sair. Esse era o real motivo do suspense, a “força natural” para o convencimento e o motivo da contagem regressiva.

No governo Arthur: o que ele acertou, foi Hélio; o que errou, foi ele sozinho, ficou nas suas costas o peso daquilo dito por Hélio nas esquinas de Guamaré. E por isso e tantas outras coisas, acredito que Arthur entregou a Hélio sua sucessão legítima por paz, para fugir da guerra interna e externa, mas, principalmente do ataque diário daquele que haveria de lhe defender.

Contudo, entregou a quem não reúne condições jurídicas mínimas para disputar as eleições. Fazendo Guamaré embarcar novamente em mais aventura política, a mesma registrada em 2016 e 2020.

Certamente reviveremos o discurso de possibilidade, dos vídeos de advogados que forçosamente garantem a capacidade eleitoral que não existe. Aparentemente, tudo estará de volta, a mesma fala: “eu posso”; “eu tenho uma decisão judicial, uma liminar que me garante.” Entretanto, essa decisão não vem a pública porque inexiste, assim como não vieram aquelas sustentadas no passado, pelo simples fato: NÃO EXISTEM!

Hélio continua impedido e faltando com a informação verdadeira. Para ser mais claro, o impedimento de momento decorre da assunção de Eudes Miranda, seu irmão, que no quadriênio em curso assumiu interinamente a Prefeitura de Guamaré por quase 1 ano, contaminando seu desejo de retornar à prefeitura. Assim, Hélio está inelegível pela 3ª vez e impossibilitado de disputar a eleição majoritária marcada para 6 de outubro de 2024.

Não dá pra esperar novamente viver o passado de instabilidade, de entra e sai, de decisões que atrapalham a vida das pessoas. Porque não foi dado oportunidade a alguém do próprio grupo, deixando o povo fazer seu julgamento?

Há pessoas que poderiam, sem ser do grupo familiar, assumir essa missão como a vice-prefeita Eliane Guedes, os vereadores Carlos Câmara, Manu, Miranda Junior, Dedezinho, Gustavo Santiago, seu outrora algoz e hoje maior aliado político. E porque não o advogado-político Mauro Gusmão, que já trocou de lado e é tido como guru e executor de atos e projetos dos últimos 20 anos em Guamaré, tendo tudo passado pelas suas mãos desde do ex-vereador Lula até o momento atual.

Quanto a decisão de Arthur, enganou-se ele ao imaginar que a consaguinidade seria mais forte, faltou olhar o exemplo do que viveu seu pai, esqueceu de observar que as pressões e os encalços internos do passado ressoariam no futuro. Perdeu de vista que o ganancioso está mais ganancioso, o envaidecido ainda mais envaidecido e, o faminto pelo poder ainda mais devorador.

Como diria Augusto Cury, “a vaidade é o caminho mais curto para o paraíso da satisfação, porém ela é, ao mesmo tempo, o solo onde a burrice melhor se desenvolve”.  E como disse no preâmbulo, o prefeito Arthur até tentou, mas não conseguiu vencer a vaidade de Hélio.

Assim, deu início a contagem regressiva rumo ao ostracismo, com o relógio marcado seu horário fúnebre, seu sepultamento político no mesmo cemitério dos ex-gestores, onde repousa Auricélio Teixeira, Marcus Tulios e Dedé Câmara.

Por fim, registre:

“Quando o badalo do sino tocar pela 3ª vez;

Sepultará projetos de aliados pela 3ª vez;

Agindo por pura vaidade pela 3ª vez;

Gerando instabilidade pela 3ª vez;

Estando inelegível pela 3ª vez;

Tentando enganar pela 3ª vez;

Hélio irá de novo as ruas, dizendo que só ele tem VEZ”

IGREJA HZ
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