Quem passa no centro da cidade tem se deparado com uma cena triste: o abandono da Biblioteca Pública Municipal Tereza Vieira de Melo. O prédio público que deveria servir a população, professores e estudantes foi criada em 04 de abril de 2011, através da Lei Municipal nº. 503/2011-AST, mas hoje é o retrato do abandono.
O local permanece fechado deste a gestão do ex-prefeito Hélio Willamy para uma reforma que ainda não saiu do papel, em contrapartida, a prefeitura alugou um prédio privado de um correligionário em local pouco acessível.
Assim, fechada há cerca de 8 anos, antigos frequentadores lamentam a atual situação que se encontra a biblioteca, que dificultam o desenvolvimento de estudantes, com destaques os alunos das Escolas Benvinda e Monsenhor Joaquim Honório, que ficam a poucos metros do local.
O patrimônio público como tantos outros que iremos mostrar numa série de matérias está deteriorando e, quanto mais tempo passa, piora.
Um empregador de uma empresa terceirizada da 3R Petroleum quando questionado, disse: “Sério que esse imóvel era biblioteca? Logo aqui no centro da cidade? Eu passo aqui diariamente aqui em frente e me deparo com esse patrimônio público fechado, ou melhor, abandonado, onde deveria está servindo ao povo. Eu nunca imaginei que o descaso do poder público chegasse a esse ponto, é muito triste ver como o prefeito não trata da cidade, esse prédio poderia ser usado por estudantes de várias escolas. Infelizmente tá sim e ninguém faz nada”.
Em vez de livros, os espaços onde o conhecimento era para estar sendo fomentado, que compõem um cenário de filme de terror. “O sentimento é de revolta. São muitos prédios abandonados no município, basta andar um pouco pela cidade. Esse aqui, por exemplo, conta um ponto da nossa história de Guamaré, mas é como se ninguém se importasse. Está esquecido, abandonado, alvo das ações do homem e do tempo, daqui mais alguns anos não existirá mais nem ruínas”, lamentou o jovem Rogério Oliveira.
Saudade do tempo que a biblioteca Tereza Vieira de Melo ficava aberta ao público nos três períodos da manhã, tarde e noite, servindo aos visitantes em sua grande maioria alunos da rede de ensino do município, oferecendo um amplo espaço para leitura e um auditório equipado para receber eventos.
Um povo que não valoriza leitura e cultura, é um povo sem alma, identidade, história e educação. É um povo sem valor do passado, sem abrigo no presente e sem perspectiva de futuro. É um povo sem valores e sem memória.