DO MEL AO TRIO: A GUAMARÉ DO PÃO E CIRCO PARA CONTER A FOME DO POVO

DO MEL AO TRIO: A GUAMARÉ DO PÃO E CIRCO PARA CONTER A FOME DO POVO

A frase atribuída a Júlio César, “Entregue ao povo pão e circo e eles nunca se revoltarão”, resume uma estratégia política que se mostrou eficaz ao longo da história: a manipulação das massas através do entretenimento e da satisfação de necessidades básicas.

O “pão e circo” da Roma Antiga foi amplamente utilizada pelos imperadores para manter o controle social. O objetivo era claro: distrair a população dos problemas reais, como a desigualdade social, a corrupção e a falta de representatividade política.

Ao oferecer diversão e garantir a subsistência básica, os governantes romanos mantinham o povo satisfeito e, consequentemente evitavam revoltas e questionamentos ao poder estabelecido.

Apesar de ter sido cunhada há mais de dois mil anos, a frase de Júlio César ainda se mostra relevante nos dias de hoje. Em diversas sociedades, observa-se a utilização de estratégias semelhantes para desviar a atenção do público de questões importantes.

O cenário embora antigo não quer dizer que esteja desatualizado, especialmente quando apontamos nossos olhos ao momento atual, não perdendo importância e nos deixando alienar pelas distrações e falsos confortos.

Por Guamaré tal política foi empregada a regra pelo Prefeito Hélio Willamy, que fez um grande investimento no carnaval deste ano, mesmo diante da agonia do povo que mingua sem emprego e com fome.

O ensinamento do passado para silenciar o povo miserável do presente que sangra com sistemáticos problemas sociais e econômicos, mas que ganharam uma indigesta festa a base de dinheiro público durante cinco dias, com trios e mel de engenho bailado por uma banda que custou 250 mil reais, foi um verdadeiro mela-mela de hipocrisia e demagogia.

A festa esteve em Guamaré, porém não foi para o povo daqui uma vez que estes encontram-se privado do mínimo. Parte dessa falta de empatia com o povo se retrata em inúmeros gestos, especialmente quando falamos dos ocupantes de altos cargos comissionados. Alguns que nem estiveram em Guamaré para deixar uma parte de nossas riquezas, outros que sequer trabalham, como os Secretários Adjuntos, que não tem qualquer empatia para com seu irmão ou vizinho que agonizam deste de setembro de 2024: sem emprego, sem salário, sem respeito, sem nada na mesa pra comer.

O panorama financeiro do carnaval será concluído brevemente pelo blog, mas, que preliminarmente aponta para quase R$ 2 milhões de despesas, faltando somente detalhes em razão da contratação do trio.

É preciso registrar, que o blog não é contra o carnaval e sua importância econômica, mas, sim, priorizar uma festa e deixar um filho da terra como fome e sem perspectiva de saciá-la.

O que é fato, é que o Júlio Cesar de Guamaré ofereceu uma festa em meio ao caos popular, mantendo-se covardemente silenciado quanto aos problemas elaborados para se manter no poder.

Afinal, o que foi feito:

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre os servidores da Promove e Unissal que estão sem receber seus salários deste de setembro de 2024?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre os cooperados que não recebem seus repasses?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre os médicos com 5 meses de salários atrasados?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre Agroindustrial de Polpa fechada e abandonada?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre os problemas de saneamento básico da cidade, especialmente considerando que o município tomou empréstimo de 52 milhões junto à Caixa Econômica?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre os cemitérios de Guamaré e Baixa do Meio cheios, onde a população não tem onde enterra seus mortos?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre os alunos sem aulas?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre o pagamento do piso e do sexto de férias dos professores?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre a falta de pagamento do aluguel social?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre o imposto sindical, cujo repasse está atrasado por 5 meses?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre a manutenção do restaurante popular fechado?

– O que Hélio tem a dizer e resolver sobre os agricultores sem sementes para plantar e sem corte de terra?

Esses são somente alguns dos problemas viventes em Guamaré e anteriores ao carnaval, que o Prefeito Hélio não deu qualquer importância, ou seja, aquele que resolveria tudo a partir de 1 de janeiro, teve 63 dias para fazer somente um carnaval. Todo mundo sabe que Hélio é incapaz de realizar, sendo sua principal característica distribuir empregos.

Assim como Júlio César, ditador e insensível, Hélio Willamy não se comoveu com o povo, nem mesmo diante das falas do popular Doca, residente na comunidade de Baixa do Meio, distrito de Guamaré, que apelou nas redes sociais, dias antes da festa de momo. Pedindo ao prefeito que não realizasse o carnaval, pois o povo estava passando fome:

Pessoal bom dia, o que vocês acham, Guamaré está pronto para Carnaval este ano? Você acha que o povo está feliz suficiente pra brincar Carnaval, para quando chegar em casa não ter o que comer. Eles vão, mas quando chegar em casa não tem o que comer, energia cortada, aluguel atrasado, as coisas não está fácil, o povo está passando fome, conheço muita gente aqui em Baixa do Meio, passando fome viu, a prefeitura deve rever a situação desse povo para primeiro em 2026 realizar o carnaval. Bora prefeito, bora prefeitura de Guamaré, levante-se, vamos cancelar o carnaval, vamos pegar esse milhões e pouco e jogar na conta do povo, ai sim, o povo fazer um carnaval feliz, e vão para as bodegas pagar e poder comprar novamente e o povo fica feliz”.

 NOTA DO BLOG

Como já disse e repito, esse prefeito Hélio é corajoso demais, se concretizando os que alguns de seus aliados afirmam nos quatro cantos da cidade: “Hélio é super, é campeão, é forte, não vai dar em nada, o homem sabe o caminho das pedras para resolver tudo com todos”.

Disse mais: “Poder por aqui só é Hélio, essa história de justiça, de promotor é coisa pra besta. Onde foi que Hélio foi acuado por esse povo? Quando ele foi candidato e a justiça afastou, quanto tempo ela ficou com a caneta? Foi tempo pra ele acomodar um irmão e o sobrinho pra volta dele. Justiça pra aqui você sabe muito bem pra que serve e se resolve”.

Essa explanação por mais que possa parecer sem razão ou injusta, não reconhecida ou confiada e, principalmente não represente o que pensamos, somente se confunde com a realidade, pois o relato do cidadão é tudo aquilo que escutam ou mandam dizer, mas, que no final se confirma.

Repito. Eu não considero que tudo isso seja verdade. E assim como a referência histórica do “pão e circo”, eu prefiro aquela utilizada no Século XVIII da Prússia: “Ainda existem juízes em Berlim”. E mesmo que para o adorador do Prefeito Hélio seja inusitada a esperança na justiça, que sejamos os verdadeiros juízes, esclarecendo e mostrando a verdade e fazendo a merecida justiça, afinal: “A justiça precisa ser justa, mesmo que venha de quem não é juiz ou julgador”.

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