CRISE NO SANEAMENTO EXPÕE DESCUIDOS E FRUSTRA ESPERANÇAS DA POPULAÇÃO
Por décadas, a população de Guamaré clama por melhorias nas condições de saneamento básico. No entanto, a falta de uma política pública séria consolidou uma triste realidade, onde a promessa de tratamento adequado do esgoto tornou-se, sob o domínio de um grupo politico, mais uma miragem do que uma expectativa real de qualidade de vida, saúde e higiene.
O ELEFANTE BRANCO NO SISTEMA DE SANEAMENTO
Sob a gestão atual, foi anunciada com entusiasmo a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). A obra, que deveria representar uma virada na história do município, foi transformada em um “elefante branco”. Problemas administrativos e a falta de manutenção resultaram em equipamentos inutilizados, incluindo bombas queimadas, agravando a sensação de desprezo administrativo. Assim, o sonho de um esgoto tratado permanece tão distante quanto antes.
A NOVA ESPERANÇA QUE JÁ COBROU SEU PREÇO
Apesar das falhas passadas, uma fagulha de esperança foi reacendida quando Guamaré, um dos municípios mais ricos do Nordeste, com uma receita invejável e uma folha de pessoal que ultrapassa R$ 8 milhões, decidiu tomar um empréstimo milionário. Por meio do Programa FINISA, foi contraída uma operação de crédito no valor de R$ 52 milhões junto à Caixa Econômica Federal, com o objetivo declarado de resolver os problemas de saneamento básico e outras questões de infraestrutura.
Entretanto, essa nova promessa vem acompanhada de um custo alto para o município. O empréstimo já está sendo pago mensalmente, comprometendo significativamente o futuro financeiro de Guamaré e, mais uma vez, sem que as obras tenham sido iniciadas.
DOIS ANOS DE INÉRCIA E MAUS ODORES
Em 2023 a lei foi aprovada, passados 2 anos a lei que destinava os recursos não avançou. Mesmo com a promessa de atender tanto a zona urbana quanto rural, nada foi executado. Enquanto isso, os moradores continuam convivendo com condições precárias: mau cheiro, proliferação de insetos e pragas como ratos e baratas, além de doenças associadas à falta de saneamento básico. A indignação cresce com o silêncio “sepulcral” do Executivo municipal.
Esta semana, as redes sociais e os grupos de whatsapp foram usados através de vídeos e fotos como a voz dos moradores pedindo socorro ao poder público, que sofrem diariamente com o caos dos bueiros jogando dejetos nas ruas e caindo na maré. Os moradores da Rua Professor João Batista e Rio Miassaba, não aguentam mais o mau cheiro que atinge quase todas as demais ruas de Guamaré.
As casas e estabelecimentos comerciais nas duas principais ruas da cidade acumulam prejuízos e falta de qualidade de vida, representada num odor fétido, causando interdição de via e uma sujeira lastimável.
“Afinal, cadê o dinheiro que deveria solucionar o problema do saneamento?” é a pergunta que ecoa entre a população, que vê o sonho de infraestrutura básica sendo frustrado mais uma vez, assim como aconteceu no passado com o projeto de dessalinização da água do mar por osmose reversa.
TODOS PERDEM, MAS O PESO FICA COM A POPULAÇÃO
O descaso afeta não apenas os moradores, mas também o comércio local, que sofre com as condições insalubres. O município, que poderia ser exemplo de gestão pública pela sua capacidade financeira, vê seu potencial sufocado por práticas administrativas ineficientes e pela falta de respostas concretas.
O apelo da comunidade é claro: transparência e ação imediata. A pergunta que persiste entre os cidadãos e que merece uma resposta urgente das autoridades é: quando Guamaré sairá desse ciclo de promessas não cumpridas e começará a proporcionar o básico para sua população?
CÂMARA MUNICIPAL CALADA, ACORVADA EM PROCESSO DE OSMOSE REVERSA
O tempo dá o tom do contraste.
Enquanto os vereadores situacionistas defendiam os avanços que o empréstimo para o município há 2 anos atrás, sem parar para reconhecer a incapacidade dos seus líderes. Hoje, aqueles que esbravejavam ficam em silêncio, de cócoras ou ajoelhados.
Nem aqueles que convivem de perto com os odores e os insetos no Conjunto Vila Maria, e a Rua João Batista, batizada como Rua da bosta, nem aqueles que antes acusavam seus atuais aliados de desviarem recursos do dessalinizador da água do mar (osmose reversa) dizem uma só palavra.
Não é só um processo claro de reversão de pensamento, comportamento ou posição, mas, acima de tudo de moral. Afinal, a dor do povo não importa.
Até quando meu Deus, até quando? Fico aqui na torcida que este problema do saneamento básico seja resolvido em tempo, afinal, há dinheiro para isto, falta coragem, gestão e disposição de resolver um problema crônico que pendura há décadas.
O projeto do FINISA é para atender as obras de saneamento básico e esgotamento sanitário não só na sede do município, mas também comtempla o distrito de Baixa do Meio.
Chega de paliativos, a população quer ação com realização.
Clique aqui e veja a destinação dos recursos do empréstimo.
PROJETO LEI_FINISA – EMPRESTIMO PREFEITURA DE GUAMARÉ CAIXA
1 comentário em “ONDE ESTÁ O DINHEIRO DO EMPRÉSTIMO DE R$ 52 MILHÕES PARA O SANEAMENTO DE GUAMARÉ?”
O dinheiro tão no bolso dos políticos de guamare cuida polícia federal quando vinher traga um ônibus quando vim