Os novos agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) de Guamaré enfrentam uma grave injustiça: a prefeitura ainda não pagou o adicional de insalubridade, mesmo com a exposição diária desses profissionais a riscos biológicos, químicos e físicos.
Enquanto os servidores mais antigos recebem o benefício regularmente, os novos trabalhadores aguardam a quase dois meses esperando uma solução, e enfrentando manobras burocráticas para ter um direito garantido por lei.
Desde o primeiro dia de trabalho, esses agentes lidam diretamente com condições insalubres. Os ACS entram em residências, expostos a doenças infectocontagiosas, sol intenso e situações de risco. Já os ACE têm:
Exposição química: Contato com larvicidas/inseticidas que pode causar intoxicações e reações alérgicas.
Acidentes: Locomoção em terrenos irregulares e contato com animais peçonhentos aumentam o risco de quedas, cortes e perfurações.
Fatores climáticos: Exposição ao sol, calor intenso e chuvas pode levar a desidratação e insolação.
Risco ergonômico: Caminhadas longas e posturas inadequadas podem gerar fadiga e problemas osteomusculares.
Apesar de estarem nas mesmas condições de trabalho que os servidores antigos, os recém-servidores seguem sem receber um direito garantido por lei.
A prefeitura orientou os agentes a formalizarem seus pedidos por meio do sistema 1Doc, mas o processo segue parado, sem qualquer resposta concreta. O atraso já se estende por quase dois meses, prejudicando os trabalhadores que, além de enfrentarem riscos diários, lidam com a incerteza sobre seus direitos.
A insalubridade não é um favor, mas uma compensação legal pelo risco inerente às funções desempenhadas. O descaso da administração municipal é evidente e prejudica diretamente os profissionais que colocam a própria saúde em risco para proteger a população.