“A PIOR FORMA DE COVARDIA É TESTAR O PODER NA FRAQUEZA DO OUTRO”.
A perseguição política é uma forma comum de punir o cidadão, geralmente tal evento ocorre por discordância ideológica. Contudo, quando o movimento decorre do surrupio de direito do servidor público a postura apresenta contornos ainda mais graves, uma vez que aquele que usa de tal artificio o faz em desrespeito à lei.
Questões pessoais ou partidária ficam no campo das ideias ou ideais, mas, quando a linha é superada as sequelas podem provocar danos. Ainda mais agravado quando essa postura se mostra seletiva, diferenciado servidores entre aliados e adversários.
Este comportamento abjeto vem ocorrendo comigo. Após entregar o cargo comissionado que ocupava como Diretor do CTG na prefeitura de Guamaré, em 19 de dezembro de 2023, formulei requerimentos requerendo meu direito ao pagamento de verbas de natureza constitucional, os quais, tem sido omitido calculadamente, salvo meu pleito por licença prêmio atendido após várias idas e vindas no Departamento de Recursos Humanos, cuja urgência se fez maior em razão da necessidade de restabelecimento de minha saúde mental e emocional.
Pois bem, quando da minha exoneração a pedido, registrei no sistema Guamaré Digital (1Doc) sob o Protocolo nº. 158/2024, no dia 11 de janeiro de 2024, pedido de pagamento de férias atrasadas desde junho de 2023, ou seja, gozada e não paga.
No mesmo documento solicitei o pagamento de 11 dias, correspondente ao pagamento proporcional do cargo que ocupava. Entretanto, a prefeitura pagou o salário referente a 19 dias do mesmo mês, desconsideração dos 11 dias anteriormente ocupado.
Reconhecedor que iria ter dificuldade de ordem financeira para honrar alguns compromissos e, plenamente consciente dos efeitos da minha decisão irrevogável, repeti no mesmo documento pedido de pagamento de minhas férias desde quando assumi o cargo de diretor do CTG, mas acreditem se quiser… que apesar de todo o ritual citado, inclusive dialogando com pessoas próximas ao gestor no sentido de solucionar o impasse como servidor público, sequer o processo foi despachado, repousando em sono profundo no Gabinete do Prefeito, ou seja, a força do poder sendo usada contra o direito de um servidor.
A informação que recebi que é o ex-prefeito e ex-secretário de articulação é o homem quem controla a folha de pagamento, determinando quem entra ou fica fora, paga ou não recebe, missão que parece não ser atribuição do seu cargo. Será que agora, fora da Prefeitura vai continuar mandando ou o Prefeito vai tomar as rédeas?
Assim, passado mais um mês e já em abril, com meu direito não contemplado, resolvi externar minha indignação neste espaço, consciente que a frase de Maomé me serve: “A PIOR FORMA DE COVARDIA É TESTAR O PODER NA FRAQUEZA DO OUTRO”. Confesso que sou limitado, fraco diante do poder que me humilha, desprezado e ignorado, mas subestimar um homem que só escuta, pensa e observa não é a melhor postura.
Porém, Deus me permitiu pensar e encontrar caminhos para respostas. Nesse sentido, por acreditar que tantas outras pessoas estão a enfrentar essa injusta perseguição, resolvi marcar um encontro com a justiça e contemplar a todos.
Logo, estou promovendo estudos na folha de pagamento dos últimos 6 meses e, confesso que fiquei muito consternado. E saibam que o Portal de Transparência da Prefeitura de Guamaré encontra-se desatualizado, sendo o último mês disponível – dezembro de 2023.
Mesmo assim, foi possível identificar muita coisa. Prometo trazer tudo para os leitores do blog. Porém, posso antecipar alguns detalhes, como: a) diferenças salariais entre servidores que ocupam a mesma função e a mesma carga horária; b) pagamento de horas extraordinárias acima do limite da lei; c) pagamento de horas extraordinárias a servidores comissionados; d) número de cargos superiores aqueles definidos em lei, ou seja, existe mais de um pessoa nomeada em um único cargo comissionado; e) servidores que recebem valores acima do determinado pela lei; f) desvios de função; g) pagamento de gratificação a membros de comissões que não funcionam e muito mais.
Dentre tantos, foi possível verificar pagamentos indenizatório realizados a pessoas, e a outras que se retirou do serviço público no mesmo período da minha exoneração.
A perseguição ao servidor é clara. A força do poder pode vencer por um tempo o direito, mas não para sempre.
Até breve!!!