Gestão de Ricardo Motta triplicou número de cargos na Assembleia Legislativa.
Reportagem publicada pelo jornal Tribuna do Norte, edição deste domingo, 21, mostra que em cinco anos, a partir de 2011, a Assembleia Legislativa triplicou o número de cargos comissionados.
O fenômeno da multiplicação de cargos e de gastos ocorreu na gestão do então presidente da Casa, deputado Ricardo Motta, do PROS.
A Tribuna do Norte usou como fonte de informações os dados publicados pela própria AL no novo Portal da Transparência da Casa, lançado no final do ano passado.
De acordo com a reportagem, a AL tem atualmente 3.185 servidores entre efetivos, comissionados, cedidos e aposentados, não incluindo os terceirizados, contratados por empresas que prestam serviços à Casa.
Os comissionados totalizam 2.592, ou 86 por cento do total. Eles custam R$ 9,4 milhões mensais ou 48,7 por cento do total de gastos mensais com salários, que é R$ 19,3 milhões.
A reportagem de capa da Tribuna do Norte mostra que foi em 2011 que a Assembleia começou a multiplicar o número de cargos comissionados. Em janeiro daquele ano, eram 836. Em janeiro do ano seguinte, eram 1.222, passando a 1.701 em janeiro de 2013, 2.318 em janeiro de 2014 e 2.538 em janeiro de 2015.
O ritmo de crescimento só diminuiu de janeiro de 2015 em diante. No ano passado, apenas 54 novas vagas foram preenchidas, chegando aos atuais 2.592 cargos comissionados.
Os ocupantes de cargos de confiança são a grande maioria. Existem 6,8 funcionários comissionados para cada funcionário efetivo. Mas eles não representam o maior custo salarial. A média salarial dos comissionados é de R$ 3,6 mil mensais contra R$ 19 mil mensais dos efetivos e R$ 14 mil dos aposentados.