Salina da Cruz recebe grupo técnico do programa acolher.
Salina da Cruz recebeu na noite desta quinta-feira (20) Grupo Técnico do Programa Acolher para divulgar junto aos pais e responsáveis de adolescentes da comunidade seus objetivos. De caráter itinerante, as atividades acontecerão nas localidades com maiores índices de evasão escolar e violações de direitos, levantamento este que já foi realizado com a Educação, através do Programa de Evasão Escolar – PES, e a Assistência Social do município, através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS.
Seu objetivo primordial é trabalhar com esse adolescente evadido, ou em vias de evasão escolar, a força e a vontade de permanecer na escola. O idealizador do PES, Roberto Aguiar, apontou a reprovação como um dos principais fatores que levam à evasão, mas os motivos que levam à reprovação são diversos, desde conflitos intrafamiliares à constante luta da escola de se sobrepor a coisas como televisão, internet e redes sociais.
Sabendo desta problemática, o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente inscreveu o Projeto Acolher no Edital de Apoio ao Fundo da Infância e Adolescência – FIA, financiado pela Fundação Itaú. Iniciativa da gestão municipal, através da secretaria de assistência social que levou ao conselho dados substanciais de demandas e aprovação do mesmo. Guamaré então foi selecionada entre mais de trezentos municípios e agora desenvolve e coordena o Programa através da Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.
A comunidade participou expondo suas demandas e levantando questionamentos quanto ao funcionamento do Programa, e os técnicos do CREAS e da própria Educação teceram considerações, fizeram comentários e tiraram muitas dúvidas. A coordenadora do Acolher, Raniele de Oliveira, explicou que o cronograma de atividades será montado a partir das demandas e anseios dos adolescentes, que a equipe pretende conversar com eles para traçar estratégias que transformem o ambiente escolar num lugar prazeroso de aprendizagem.
A psicóloga Marília Cleyner explicitou que era necessário mudar o relacionamento do aluno com a escola, e da própria escola com a família, para que ela se tornasse um local de referência na vida do aluno, não somente uma obrigação ou um mero “castigo” imposto pelos pais. O consultor municipal, João Valério, disse que o Programa serve para fortalecer a Rede de Proteção, e vem para somar junto à comunidade e outros serviços.
O Programa começará sua plena execução ainda este mês, através do cadastro das famílias interessadas, tendo como base o Cadastro Único. De acordo com João Valério, o programa juntou duas potências, Assistência Social e Educação, para trabalhar em conjunto com os adolescentes e suas famílias a problemática vivenciada, convidando todos a unirem esforços e poder contar com sua colaboração.