A VIDA PODE TIRAR TUDO DE MIM, MENOS MINHA FÉ E CORAGEM DE LUTAR POR GUAMARÉ

A VIDA PODE TIRAR TUDO DE MIM, MENOS MINHA FÉ E CORAGEM DE LUTAR POR GUAMARÉ

Desde que decidi sair do governo pelos motivos externados aqui no blog, nunca deixei ser perseguido pelo sistema. Na verdade, se instaurou uma sanha desumana, covarde, discriminatória e atemporal, vez que ocorrida antes, durante e depois do recente pleito eleitoral, sem cessar ou esmaecer.

Como o vento que muda de direção, minha posição política mudou aquele que se declarava meu melhor amigo, transformando-o no meu maior perseguidor. Assim, de forma intensa, direta e em todas as direções estabeleceu-se um projeto de destruição. Em sua sanha, não olhou para o retrovisor, mirou a frente, em mim, mas, sem hesitar atingiu dezenas de inocentes.

Por assim, pais e mães de famílias por manterem relação de amizade ou proximidade, não foram poupados, nem mesmo aqueles que não concordavam com minha opinião e acompanhavam meu perseguidor.

O atual momento não tem sido fácil para maioria, inclusive pra mim, sob todos os aspectos, mas não me curvei, não me rendi, não abri diálogo, acordo ou baixei a guarda. Pois, sou consciente do preço que pagaria por lutar por essa terra, para salvar esse povo.

De tudo, muito aconteceu, em especial, no período eleitoral, quando pessoas que eu considerada amigas silenciaram, outras me feriram nas redes sociais, tudo para atender seu líder político.

Criaram-se cicatrizes que ninguém vê, lágrimas que não molham, feridas que não sangram, e gritos que ninguém ouve.

A força do poder e do benefício foi bem maior do que uma história vivida, do que uma amizade construída com suor, lágrimas e sacrifícios. Eu entendi, respeitei, mas eu não poderia desistir de um povo que queria mudar, que sonha com uma cidade livre da opressão, de uma Guamaré do povo de Guamaré.

Na escola da vida, fiz uma pós-graduação célere, apreendendo, desaprendendo e compreendendo que nunca mais serei amigo daquele de quem eu dediquei minha vida, meu tempo, meu ombro, meus dias, a quem renunciei meus projetos pelos seus. Esse mesmo tempo foi suficiente para entender que ninguém me trocou por algo melhor, me trocou por algo mais fácil.

Durante anos tudo que pude oferecer foi fidelidade, dedicação e compromisso, não tendo nada disso sido suficiente, passei a oferecer minha ausência, assim como tantos outros que foram espezinhados, humilhados e perseguidos. Foi-se o tempo da paixão, do sonho, da prosperidade, dos olhos marejados, das memórias, de dias melhores.

O tempo atual é de refletir em silêncio, o que não significa dizer que não tenho nada a contar, ao contrário, tenho muito a expor, a dizer, a apresentar. Tenho meus planos, meus projetos, meus ajustes, minhas organizações para espetáculo, sem os espectadores sequer saber que existe ensaios.

Porém, para o meu perseguidor, nada foi encenação, mas, a força do poder, do sepultamento de honras e imagens, da perseguição, do dinheiro em troca de dignidade. Assim, pelas suas mãos perversas afastou meus filhos e aboliu o PodCast, pelas suas sandálias pisou pessoas inocentes próximas a mim.

Quando reflito sobre isso, logo em recordo da interpelação que me foi feita: “porque você não deu ouvidos a Doutor Mauro Gusmão Rebouças, quando disse que política é um negócio e não amizade.” Olhei profundamente nos olhos do questionador e rapidamente disse: “não me arrependo por ter sido amigo, não me arrependo por ter sido correto, não me arrependo por ter confiado, só me arrependo por ter percebido tarde demais que eu estava sendo usado politicamente”.

Por fim,

Em meio à escuridão da perseguição, onde o algoz usa o poder para ferir e prejudicar aqueles ao meu redor, encontro forças nas profundezas da minha alma. Cada golpe, cada injustiça, é um lembrete cruel da sua fragilidade humana.

No entanto, mesmo nas horas mais sombrias, mantenho a chama da esperança acesa, pois sei que o mundo reserva surpresas e que nada acaba hoje. A vida é um ciclo contínuo de desafios e superações, e a justiça, embora tardia, sempre encontra seu caminho.

Peço desculpas aqueles que foram golpeados injustamente, que estão sendo levianamente prejudicados, perseguidos e humilhados. Mas, como disse o filósofo Friedrich Nietzsche: “Aquilo que não me mata, me fortalece.”

Rogo que reflitam e se inspirem, que resistam e lutem por um amanhã mais justo e luminoso, longe das garras do perverso, que não sabe o que faz.

“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”

SSM Telecon HZ
Comments are closed.