AVÓ PEDE SOCORRO PARA NETO, UMA CRIANÇA ESPECIAL IR À ESCOLA EM GUAMARÉ

AVÓ PEDE SOCORRO PARA NETO, UMA CRIANÇA ESPECIAL IR À ESCOLA EM GUAMARÉ

Tente não se emocionar com o relato de uma avó de uma criança pedindo socorro para seu neto ir à escola. Em mensagem de áudio que circula nos grupos de aplicativo WhatsApp, um popular não identificada usou as redes sociais para manifestar sua indignação quando ao transporte escolar do município.

De forma emocionada, relata que seu neto especial estuda no IFRN e não tem respeitado seu direito constitucional a educação, uma vez que os ônibus tem seus elevadores quebrados, ficando ao encargo do motorista e dos alunos colarem e retirarem seu neto do veículo diariamente.

No áudio, ela relata que acabou tudo, que seu neto não tem mais vez, que a saúde acabou e que Guamaré está no buraco:

“Ele tinha vez, em saúde e tudo, a saúde era maravilhosa dele, ele recebia as coisas aqui, agora acabou-se tudo. Não tem mais nada, nem o direito de ir à escola o menino tá perdendo, os ônibus não tem elevador é tudo quebrado, quebrado, não presta pra ir pra escola, porque os elevadores são quebrados, ninguém pode botar e tirar ele todo dia, todos dia. […] tá caindo dentro de um buraco só Jesus.”

Ouça na íntegra:

O blog consultou um motorista que realiza o transporte de alunos. O profissional não quis de identificar com medo de ser perseguido politicamente, dizendo:

“Realmente isso é indignante, tudo isso acontece e doe no fundo do coração da gente que nada pode fazer. Eu sou pai e penso como se filho meu fosse, fico me perguntando será que vale a pena ficar calado com tido isso, somente pelo meu emprego, é uma via difícil. Mas, de fato, os ônibus não têm seus elevadores funcionando, está tudo quebrado, sucateado, inclusive os ônibus que são locados. Por isso, nós motoristas e os alunos sensibilizados, colocamos e tiramos todos os dias os cadeirantes. É humilhante, é triste demais ver no que Guamaré se transformou. Sinceramente, Guamaré morreu e não se enterrou!” 

NOTA DO BLOG

É de cortar o coração uma criança ter que reconhecer que em Guamaré falta sensibilidade entre as pessoas para não reconhecer que está tudo errado.

Que a política pública está equivocada e que tal comportamento só tem gerado preconceitos exacerbados a crianças especiais.

Como podemos pensar numa sociedade justa e igualitária onde um município que arrecada milhões de reais por mês não oferta transporte digno para que uma criança especial possa ter seu direito a educação respeitado e, principalmente fazer parte da sociedade.

O relato do profissional também é de emocionar, principalmente quando exalta o conflito entre viver no errado por seu interesse ou silenciar em razão da violação de tantos direitos.

Que administração pública morreu eu sei. Contudo, já passou o tempo em que seu povo precisa se levantar, passou da hora.

Gabriel HZ
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