Bolsonaro: ‘Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil’
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mandou recado direto ao Poder Judiciário ao discursar para apoiadores em Brasília, na manhã desta terça-feira, 7 de setembro. Sem mencionar nomes, ele disse que o povo brasileiro não aceitará mais “prisões políticas”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.
Moraes é responsável pelo inquérito que investiga o financiamento e organização de atos contra as instituições e a democracia e pelo qual já determinou prisões de aliados do presidente e de militantes bolsonaristas.
Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral.
Bolsonaro discursou ao lado dos ministros da Defesa, Walter Braga Netto; do Trabalho, Onyx Lorenzoni; da Justiça, Anderson Torres, e do vice-presidente Hamilton Mourão. O presidente prometeu um discurso mais “robusto” em São Paulo, onde ele estará presente nas manifestações em defesa de seu governo.
O presidente disse: “Uma pessoa específica da região dos três poderes está “barbarizando” a população e fazendo prisões política.” E afirmou que “não se pode mais aceitar.”
“Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos Três Poderes continue barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”, disse.
“Nós todos aqui, sem exceção, somos aqueles que dirão para onde o Brasil deverá ir. Temos em nossa bandeira escrito ordem e progresso. É isso que nós queremos. Não queremos ruptura, não queremos brigar com poder nenhum. Mas não podemos admitir que uma pessoa turve a nossa democracia. Não podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade”, declarou.
Bolsonaro disse que, nesta quarta-feira (8), participará de uma reunião do Conselho da República com os presidentes dos demais poderes, a fim de mostrar “para onde nós todos devemos ir”.
“Amanhã estarei no Conselho da República juntamente com ministros para nós, juntamente com o presidente da Câmara [deputado Arthur Lira], do Senado [senador Rodrigo Pacheco] e do Supremo Tribunal Federal [ministro Luiz Fux], com essa fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos devemos ir”, afirmou. Fontes: CNN Brasil e G1