Em pleno ano eleitoral, há pré-candidatos que está mudando o discurso.
Opinião: Houve um tempo em que os políticos em Guamaré falavam de maneira artificial, sempre interpretando uma emoção que quase nunca sentiam.
Existia uma espécie de pacto entre o orador e a plateia que é o povo Guamareense, ele interpretava a emoção, os ouvintes fingiam que acreditavam que os seus sentimentos eram verdadeiros, e o político fingia que acreditava que o público estava acreditando.
Esse era o espetáculo da comunicação, onde existia o conteúdo, mas o que prevalecia, era quase sempre a forma.
Quando o ex-ministro João Mellão Neto prefaciou o livro ‘Como se tornar um bom orador e se relacionar bem com a imprensa’ relatou um fato interessante: ‘… Lembra-me Jânio Quadros, um dos mais geniais oradores que o Brasil já possuiu.
Assistindo a um discurso no Yoturb nenhuma cidade do interior, ele magnetizou a plateia por uns quarenta minutos. Quando encerrou, foi delirantemente aplaudido pelo povo humilde que o assistia.
Na saída, um cidadão comentou com outro – ‘Olha, não entendi nada, mas como esse homem fala bem! Vou votar nele’…’
Algumas pessoas, hoje, ainda escolhem os seus candidatos mais pela forma como falam, do que pelo conteúdo que apresentam, mas é um número cada vez menor.
Se os eleitores Guamareenses estão caminhando nos estágios para aprender a votar, é certo que os primeiros degraus já foram vencidos.
Desenvolveram sua capacidade de avaliação e começaram a exigir mais coerência entre o que se fala, o que se fez e o que se pode fazer.
Faz mais sucesso hoje o político que se afastou dos antigos ‘trinados raivosos’ e passou a falar com naturalidade, sem afetação, preservando seu verdadeiro estilo.
Se mantiver suas características e souber ordenar com coerência suas mensagens, estará desenvolvendo a comunicação para os dias atuais que neste ano de eleições são extremamente difíceis, com maiores chances de conquistar seus eleitores.
Para que possa ser acreditado na sua mensagem, os pré-candidatos, seus familiares, assessores precisam de alguns requisitos, a saber:
NATURALIDADE – É o requisito dos tempos modernos. O público tolera a falta da técnica na comunicação do político, mas não aceita falta de naturalidade;
EMOÇÃO – O político não pode ser neutro ao falar. Se falar de problemas, precisa estar indignado; se falar de soluções precisa estar com ar alegre, esperançoso, e vitorioso. Sem o exagero do estilo do passado, evidentemente;
DEMONSTRAR CONHECIMENTO – O político não pode falar ‘por ouvir dizer’, precisa demonstrar que conhece o assunto, que vive o problema, que tem experiência na matéria;
TER UMA CONDUTA PESSOAL EXEMPLAR – Se houve um tempo em que o político podia falar de uma maneira e agir de outra, esse momento passou, e se existiu mesmo, nunca deveria ter existido.
Há muito eleitores já decididos, mesmo faltando poucos meses para o pleito, estes sabem o que quer e para onde vai, porque as palavras pregadas por pré-candidatos foram captadas, elas subiram aos ouvidos e a atitudes de alguns são exemplo aos olhos do eleitor, não somente do pré-candidato, mas de seus familiares e assessores.