De que lado mesmo você eleitor está?

Expressão é bastante comum em tempos de eleições, principalmente nas pequenas cidades do interior do país. Mesmo não vivendo mais em tempos de absoluto coronelismo, é fato que nosso povo ainda carrega fortes traços culturais e vivência social daquela época.

Apesar de algumas mudanças e avanço no perfil democrático da população, ainda é bastante comum observarmos resquícios  e características bem fortes da época. É só começar as campanhas eleitorais que enxergamos vários eleitores tratarem o processo como uma disputa de bastante rivalidade entre os partidos ou entre os lados partidários como muitos chamam.

É uma verdadeira torcida pelo seu candidato, não tão diferente do fanatismo pelo seu time de futebol do coração. “Para as pessoas públicas é o pior tempo pra suas vidas”. Se pegar na mão de A, e abraçar B, é porque já é oposição a A, e cabo eleitoral de B.

Todos esses costumes em tempos eleitorais deixam bem claro como a maior parte do eleitorado se identifica com qual candidato ou de qual lado ele vota. Mas, e a expressão “de qual lado você é?” Pois em um dia o eleitor veste uma roupa laranja ou azul e no outro, o mesmo eleitor veste uma camisa verde. Que perfil tem este eleitor e muitos outros que usaram de tais mudanças repentinas para os candidatos?

É certo que dentro do estado democrático de direito cada eleitor tem o poder de escolha de forma livre e secreta através do voto que… Particularmente, eu gostaria muito que fosse declarado pelo o eleitor o seu voto na hora de ir para urna,  principalmente para aqueles eleitores que usam de má fé usurpando um candidato e outros para se dá bem, que ao invés disso seria bem melhor aprenderem a escolher o politico que trabalha pelo o povo, nas melhorias da na educação, saúde e assistência.

Em fim, estamos na fase final de mais uma campanha eleitoral em Guamaré, onde o atual prefeito Hélio vitorioso nas urnas aguarda uma decisão do TSE para validação dos seus votos e continuar sendo o prefeito da cidade por mais quatro anos. Caso a decisão seja contrária, na forma da Legislação eleitoral, o TSE determinará num prazo de 20 a 40 dias novas eleições no município, onde o eleitor voltará às urnas novamente para escolher o novo prefeito.

A política (partidária) é muito dinâmica, é como já disse um cacique, é como nuvem: “Você olha, e ela está de um jeito. Olha de novo, e ela já mudou”. Por outro lado, a luta que se trava pelo poder é menos por motivação ideológica e mais fisiológica. Como aconteceu em outras ocasiões — basta citar a eleição de Collor e o seu impeachment —, e por essa luta muitas amizades são desfeitas, enquanto os principais desafetos de ontem são hoje puro afetos.