NOTA DE REPÚDIO
Por Breno Santana
Tomei conhecimento, há poucos minutos, do ocorrido hoje na Câmara Municipal de Guamaré. Não vou dar os fatos, já estão amplamente conhecidos. Trata-se de umas das cenas mais infelizes que tive o desprazer de ver.
Eu tenho a convicção de que o silêncio dos bons é mais preocupante do que o grito dos maus, por isso mesmo não posso me calar.
O que aconteceu hoje causa asco, nojo, é desumano, é repugnante, é um tratamento que não se deve dispensar a ninguém que carregue em si a qualidade de ser humano.
O acirramento político em que se encontra mergulhada a cidade NÃO PODE sob qualquer hipótese servir para justificar atitudes como estas, que pouco a pouco tiram do cidadão esta qualidade.
O Parlamento é a democracia em seu estado da arte, seu ponto de excelência, é, por natureza, local de manifestação das opiniões divergentes e do embate de ideias, inclusive do cidadão contra seus dirigentes.
Vereadora Diva Araújo, nutro pela senhora um respeito e apreço enorme, convivi proximamente com vossa excelência e sei que esta não é sua índole. Vá a público, retrate-se, reconheça o excesso e, acima de tudo, desculpe-se com aquela senhora.
Mais deplorável ainda fora a atitude tomada pela Guarda Municipal de Guamaré, algozes da dignidade. Acertadíssima a decisão de afastá-los e exonerá-los.
Aos que se omitiram, a história e o povo guamareense os cobrará!
Por isso, declaro REPÚDIO ao ocorrido, atitudes como essas, antirrepublicanas, antidemocráticas, autoritárias e desumanas devem ser repelidas de pronto, sendo perniciosa qualquer tentativa de justificativa.
Ato contínuo, manifesto meu apoio irrestrito e concordância com as posições assumidas pelos parlamentares Carlos Câmara, Eudes Miranda e Lisete Negreiros, que se colocaram contrários à atitude e recusaram-se em dar continuidade à sessão legislativa.
Também o meu apoio e abraço à senhora que fora vítima desta brutalidade, tem minha solidariedade e não se deixe abater por atitudes como esta, pelo contrário, que sirva de incentivo pra suas manifestações políticas.
Por fim, que manifeste-se a justiça.