O QUE ESPERAR DE DORIVAL JR. NO COMANDO DA SELEÇÃO BRASILEIRA?

O QUE ESPERAR DE DORIVAL JR. NO COMANDO DA SELEÇÃO BRASILEIRA?

Por Miguel Boente – Comentarista Esportivo

Segundo o GE “portal de notícias esportivas do grupo Globo” o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues formalizou um convite ao então técnico do São Paulo Dorival Jr, para comandar a seleção brasileira de futebol após a demissão de Fernando Diniz.

Mesmo com a instabilidade política vivida pela entidade máxima do nosso futebol, Dorival está animado com a possibilidade de assumir o comando da seleção neste ciclo de Copa do mundo 2026.

A matéria do GE não deixa claro se a CBF pensa em Dorival como um novo técnico tampão ou se a chegada do atual técnico do tricolor paulista sinalizará que ele será o técnico do Brasil na próxima copa do mundo.

Mas o que esperar de Dorival no comando da seleção? Sinceramente, todo técnico quando muda de time, ou até mesmo jogadores são apostas! Você quando contrata, espera que este técnico tenha o mesmo sucesso de trabalhos anteriores, e devemos lembrar que pelo menos em questão de títulos, Dorival foi o grande destaque do futebol ganhando duas copas do Brasil, uma pelo São Paulo e outra pelo Flamengo em 2022, assim como também ganhou a Copa Libertadores pelo Flamengo no mesmo ano.

Dorival tem se especializado como uma espécie de bombeiro dos clubes, geralmente ele chega para apagar incêndios, no Flamengo mesmo ele pega um time totalmente desacreditado onde muitos não ousariam apostar seu dinheiro em títulos pro rubro negro na temporada 2022, mas Dorival chegou com sua filosofia de fazer o bom e velho feijão com arroz, e não tentar dar cavalo de pau em transatlântico “como disse o ex técnico Domenec em uma entrevista” no São Paulo Dorival também não tinha muitas perspectivas de conquistas, o time comandado por ele não foi muito bem das pernas “principalmente quando atual como visitante” e isso pesou na classificação final, mesmo assim, graças a conquista “inesperada” da Copa do Brasil, Dorival devolveu ao tricolor a oportunidade de voltar a disputar uma libertadores “na qual o São Paulo é tri campeão.”

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A primeira missão de Dorival é bem clara! Assim como nos clubes, ele vai ter que chegar sendo bombeiro na seleção. Como todos somos sabedores, o Brasil teve em 2023 uma de suas piores temporadas da sua rica história. O time comandado por Fernando Diniz acumulou fracassos, principalmente nas eliminatórias, tendo tabus derrubados como por exemplo perder a primeira partida em casa, a derrota frente a Argentina no Maracanã foi a primeira vitória de uma seleção sulamericana em cima da nossa seleção em toda história das eliminatórias. A seleção conseguiu terminar o ano atrás da Venezuela na tabela de classificação.

Dorival vai ter que ter sabedoria na hora das escolhas, como todos sabemos, os técnicos da seleção sofrem pressões externas para colocar certos jogadores na vitrine, mas algo nesse sentido tem que ser feito, é hora de convocar os melhores em cada posição e formar um time com o mínimo de consciência tática, aprimoramentos técnicos e principalmente com jogadores que tenham vontade de atuar com a amarelinha “coisa que anda em extinção” muitos atletas não tem mais orgulho em vestir a camisa da seleção, e sim o fazem como se fosse um fardo pesado.

Na minha opinião, Dorival pode “e deve” olhar mais para o futebol doméstico para convocar a seleção. Nem só de jogadores de clubes europeus vive o Brasil! O nosso campeonato prova a cada ano que temos condições de contribuir com mais atletas do que vem sendo chamados atualmente.

Sinceramente, não acho que Dorival vá ter um aproveitamento “em termos de pontos conquistados” igual ou menor ao do Fernando Diniz, porém a seleção precisa não somente voltar a vencer, mas sim a convencer. Convencer os torcedores de que podem assistir a seleção com gosto e não com essa sensação de que eles “os adversários” perderam o respeito pela amarelinha.

Por fim, Dorival tem que plantar a humildade no seu novo elenco, nós não somos mais o país do futebol, mas quem sabe trabalhando duro à seleção volte a impor respeito. Um bom começo seria vencer a Copa América, mas vencer convencendo.

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