“DA VONTADE” AO CAMINHO DA DESILUSÃO: ESTRADA DO MINHOTO ATÉ O MOMENTO É DINHEIRO PÚBLICO JOGADO NO LIXO

“DA VONTADE” AO CAMINHO DA DESILUSÃO: ESTRADA DO MINHOTO ATÉ O MOMENTO É DINHEIRO PÚBLICO JOGADO NO LIXO

O anúncio da obra da estrada do Minhoto gerou muita expectativa e foi notícia aqui neste espaço do povo em 3 de janeiro de 2023, instante em que o provérbio inglês foi exaltado por este editor: “onde existe uma vontade, existe caminho”. Como cidadão e imprensa local confesso que me enchi de alegria e esperança.

A sonhada estrada prometia ligar a RN-401 (na altura da comunidade de Salina da Cruz) ao litoral, com investimento alçado em R$ 4 milhões. A obra que se soma a outras paralisadas/abandonadas pelo o governo municipal já marca 1 ano sem movimentação de máquinas, enterrando a esperança de investimento no turismo e fomento da economia local.

Hoje a tarde estive na estrada do Minhoto e o que constatei foi poeira, desilusão e incertezas quanto à almejada obra, que supostamente parou por excesso de chuvas. Contudo, dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) relativos ao período anterior a paralisação revelam que as precipitações pluviométricas foram normais. Ou seja, não caíram chuvas fora da média capaz de gerar surpresa e motivação para paralisação da obra:

Porém, o Portal da Transparência do Município aponta em favor da empresa CLPT CONSTRUTORA EIRELI – EPP o pagamento no valor de R$ 1.999.883,68 (hum milhão, novecentos e noventa e nove mil, oitocentos e oitenta e três reais e sessenta e oito centavos), ou seja, quase 50% do valor alçado:

No local da obra somente se evidenciou a realização de serviços de terraplanagem, os quais em decorrência do tempo e desgaste precisam ser refeitos. Assim, se fosse possível retomar a obra, seria necessário refazer novamente a terraplanagem.

Portanto, ficam as indagações: Quem será responsabilizado pelo derrame do dinheiro público? Por que após as supostas chuvas a obra não foi retomada imediatamente, evitando maiores prejuízos? Se as chuvas tinham potencialidade para paralisação da obra, qual a razão da obra ser iniciada na quadra chuvosa? Se a população é a maior prejudicada, quem são os beneficiários pela obra parcialmente executada, paga e perdida?

Curiosamente, a estrada do Minhoto está listada entre as obras a serem custeadas pelo empréstimo do FINISA contraído pelo o município, já comentado em matéria anterior pelo o blog. Assim, custa igualmente perguntar: A Prefeitura vai pagar novamente os serviços já executados e pagos?

Por enquanto, é só omissão, descaso e dinheiro público jogado no lixo.

Comments are closed.
Facebook
Twitter
Instagram
WhatsApp